O Estado liberal
A ideologia liberal: a arma da burguesia
A ideologia liberal já estava presente no Iluminismo e na Revolução Francesa, mas somente no século XIX começou a ser usado o termo liberalismo.
A ideia central do liberalismo é a liberdade individual, que não deve ser limitada, de forma nenhuma, pela ação do Estado. Os liberais achavam, por exemplo, que não deveria haver nenhuma regulamentação sobre o trabalho dos operários. Cada empresário seria totalmente livre para estabelecer as regras em sua própria empresa. Se o Estado interferisse nessas questões, diziam os liberais, estaria se intrometendo numa esfera que não lhe dizia respeito.
Assembléia Nacional Constituinte - França 1789 |
O Estado liberal, que pode se apresentar sob a forma de monarquia ou de república, é regido por uma Constituição que estabelece os limites do poder dos governantes. Além disso, o poder é sempre dividido em executivo, legislativo e judiciário, para que não se centralize nas mãos de uma única pessoa.
O poder legislativo, por sua vez, é exercido pelos deputados eleitos para o Parlamento.
Como os membros do Parlamento eram eleitos, considerava-se que o Estado liberal representava os interesses de toda a sociedade. Mas, na verdade, apenas os mais ricos participavam das assembleias nacionais, pois o direito ao voto e aos cargos políticos dependia da fortuna: para votar era preciso possuir uma certa quantidade de riqueza ou rendimentos.
É isso que se chama voto censitário, porque o censo, ou levantamento das posses de cada um, é que determinava quem podia votar. Assim, grande parcela da população ficava excluída da participação política.
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