Revolução Francesa - Causas e Consequências.
Assunto quase que obrigatório em vestibulares e exames a Revolução Francesa simboliza praticamente uma mudança de pensamento mundial. Sim, é possível que dividamos o mundo em : antes da Revolução Francesa e após à Revolução .
Período de duração: de julho de 1789 com a Assembleia nacional constituinte até novembro de 1799 com o Golpe de Napoleão Bonaparte.
Podemos dividir a Revolução Francesa em dois momentos:
- de julho de 1789 até julho de 1794 - chamado de período revolucionário;
- de julho de 1794 até novembro de 1799 - chamado de consolidação da revolução;
1. Causas da Revolução Francesa
Quadro representando um sans-culotte(sem culotes), apelido dos membros das camadas populares. |
A burguesia francesa estava descontente. Detentora do poder econômico, ela queria também o poder político. Apenas 1,5% da população francesa - que envolvia a nobreza e o alto clero - não queria a revolução. O restante, que era quase 90% da população tinha um descontentamento muito grande. Cerca de 20 milhões de franceses viviam no campo em condições precárias. `
É importante frisar que, embora a união pela Revolução Francesa, entre burguesia e a classe dos operários, camponeses e artesãos, todos no decorrer do movimento tinham interesses distintos que, vão entrar em conflito logo a frente.
2. O início da Revolução Francesa
Em 1789, inspirado pelo Iluminismo, o Terceiro Estado queria o fim do Absolutismo.
(1° estado : clero, 2° estado: nobreza , 3° estado: os demais, o resto da população.)
- Saiba o que foi o Iluminismo, seus pensadores e características.
O Rei convocou a Assembleia dos Estados Gerais para apresentar uma solução. Os deputados do Terceiro Estado queriam que a votação fosse individual e não por Estado. Porque? Os interesses do primeiro e segundo Estado sempre ganhavam. A votação sempre ficava no placar de 2 a 1.
Como não foram atendidos, eles se reuniram separadamente em uma sala de jogos, formando uma Assembleia Nacional Constituinte. Começava o movimento revolucionário, que de desdobrou em várias etapas, chamado de Revolução Francesa.
Formação da Assembleia Nacional |
A nobreza e o clero aderiram posteriormente à Assembleia mas , já era tarde: já tinham perdido o controle da situação.
Em 14 de julho de 1789, a população de Paris invadiram a Bastilha. Com o objetivo de protestar contra o absolutismo e também, conseguir armas. O fato é um símbolo da Revolução Francesa e ficou conhecido como A Queda da Bastilha.
A Assembleia Nacional Constituinte foi finalizada em 1791 (setembro). Ela previa uma Monarquia constitucional e o voto censitário ( direito de voto para quem possui certa renda).
3. O Desenrolar da Revolução Francesa
Em 1792 foi convocada uma nova Assembleia para acalmar os descontentes com o voto censitário. Mais conhecida como Convenção Nacional, a Assembleia se dividiu em girondinos, representantes da alta burguesia; jacobinos, representantes da pequena burguesia e das camadas populares e o grupo chamado de planície ou planalto que oscilava entre os dois. Os jacobinos dominaram a Convenção entre julho de 1793 a julho de 1794. Foi o período de terror, devido a violência emprega para reprimir os inimigos da Revolução Francesa.
A guilhotina desce sobre a cabeça de Luís XVI |
Em 20 de novembro de 1792 foi encontrado no cofre real correspondências entre o rei Luis XVI e o rei da Áustria. Estava comprovado que o rei era aliado de outras monarquias contra a França. O rei foi condenado a morte e, posteriormente a rainha Maria Antonieta também. Ambos foram guilhotinados em praça pública, ele no dia 21 de janeiro de 1793 e ela, em 16 de outubro do mesmo ano.
Durante o período da República Jacobina, foi elaborado uma nova Constituição - uma das mais democráticas da história - inspirada nas ideias de Rousseau , pregava uma ampla liberdade política, fim da escravidão nas colônias. Elaboraram também, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, escrita por Robespierre. Esta afirmava que a finalidade da sociedade e o bem comum e que os governos só existem para garantir ao homem seus direitos naturais: a liberdade, a igualdade, a segurança e a propriedade.
3.1 - Robespierre e Danton
Foi um dos principais líderes da Revolução Francesa. Aos 20 anos conheceu o pensamento de Rousseau e ficou impressionado com suas ideias de liberdade e igualdade. Passou então, a se dedicar ao ideal revolucionário.
Foi preso durante o golpe chamado de "o 9 Termidor" em 1794, após perder a liderança foi executado na guilhotina.
Robespierre é preso na Convenção Nacional |
Danton, outro líder revolucionário, foi amigo pessoal de Robespierre e compartilhava dos mesmos ideais. Organizador do exército popular contra a invasão estrangeira, foi se tornando moderado e , acabou sendo considerado inimigo da Revolução Francesa.
Foi condenado a morte por conspiração e executado na guilhotina. Ao subir ao cadafalso dizem que disse ao carrasco: " Mostre minha cabeça ao povo; ela vale a pena".
4. Fim da Revolução Francesa
Com o estabelecimento da nova Constituição foi estabelecido o governo do Diretório , onde a burguesia reafirmou seu poder. Era um governo dominado pelos girondinos. Muitas da leis anteriores foram anuladas, como a abolição da escravatura, a educação gratuita e o voto universal.
A França continuava em guerra com outros países que temiam que a Revolução Francesa se espalhasse. Surgiu em meio ao exército um general de 26 anos chamado Napoleão Bonaparte, que venceu várias batalhas contra os países vizinhos e ganhou prestígio. Com apoio da burguesia e do exército, em 1799 derrubou o Diretório. Foi o início do Consulado, composto de três cônsules. Em 1804 Napoleão se tornaria imperador.
Napoleão Bonaparte |
5. Consequências da Revolução Francesa
A Revolução Francesa trouxe como consequência o fim da Idade Moderna e inaugurou a Idade Contemporânea.
Embora, a burguesia já tivesse assumido o poder na Inglaterra no final do século XVII, na França a ascensão burguesa foi mais significativa. Sob o tema "liberdade, igualdade e fraternidade", a Revolução Francesa deixou um importante legado: a Declaração dos Direitos do homem e do cidadão, primeiro documento do mundo a reconhecer os direitos civis e políticos (direito à vida, à propriedade civil, de votar e ser votado).
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Pesquisa e redação: Educador Cassemiro Luis
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Referências de Bibliográficas:
CARMO, Sonia Irene da Silva - História passado e presente - 2°ed. rev. e atual - São Paulo: Atual, 1994.
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Me ajudou valeu
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