Som: Intensidade, Propagação, Altura, Timbre

Som - Intensidade do Som - Propagação do Som - Altura e timbre


Os sons que ouvimos nada mais são do que a vibração de corpos materiais. Esta vibração caracteriza-se pelo movimento de partículas que se agitam e transmitem esse movimento às outras partículas. Ao atingir nosso ouvido, tais vibrações são sentidas como estímulos auditivos.

O meio mais comum por onde os sons se propagam é o ar. Neste caso, as partículas que compõe o ar é que são responsáveis pela transmissão do som.

Para que se produza um som, se faz necessário então a vibração de um corpo material que é a fonte sonora. Quando as cordas vocais vibram elas transmitem os sons da fala; ao batermos numa mesa ou num bumbo, este objetos vibram e emitem sons.

A necessidade de um meio material para se propagar faz com que o som não seja transmissível no vácuo, o que impossibilita, por exemplo, a comunicação direta pelos astronautas no espaço quando estão fora das naves.

Ao contrário da luz, o som se propaga a uma velocidade relativamente pequena. No ar, a velocidade das ondas sonoras é de aproximadamente 340 metros por segundo. É por esse motivo que ouvimos um trovão depois de termos visto a luz do relâmpago, embora ambos tenham sido produzidos no mesmo instante.
A velocidade de propagação do som varia de acordo com o material. Na borracha, por exemplo, esta velocidade é de 54 metros por segundo, enquanto que no ferro chega a 5100 metros por segundo.


Intensidade do Som


Podemos perceber facilmente quando um som é intenso ou fraco. Um toca discos ligado no volume máximo nos dá a sensação de um som de grande intensidade. O som provocado pela queda de um lápis é de pequena intensidade e quase imperceptível.

A intensidade do som é uma propriedade que está relacionada com a energia de vibração da fonte sonora. Se uma fonte sonora vibra com grande energia temos um som de grande intensidade, caso contrário, de pequena intensidade. Essa energia é transportada da fonte até nossos tímpanos, que por sua vez, vibram e nos proporcionam a sensação auditiva.

Assim como podemos medir o comprimento de um fio, podemos medir a intensidade do som. Para medir o comprimento usamos o metro e o centímetro, e para medir a intensidade sonora usamos a unidade chamada decibel(no plural decibéis), que se abrevia dB. Para que se tenha noção da grandeza desta unidade, relacionamos algumas intensidades sonoras:

Respiração normal - - - 10dB
Folhas agitadas por uma brisa --- 20dB
Rádio ou TV a baixo volume --- 40dB
Conversação normal --- 50dB
Rua com muito tráfego --- 70dB
Fábrica em geral --- 80dB
Discoteca --- 100dB

Estudos comprovam que a exposição prolongada do ouvido a sons acima de 80dB é prejudicial à saúde, e pode provocar danos permanentes. Registramos o limiar da sensação dolorosa em 120dB.

Propagação do som

Ao ser emitido, um som pode retornar à fonte de onde veio.
Essa característica do som, que está relacionada ao ambiente e aos corpos nele contidos, é consequência da reflexão das ondas sonoras quando encontram no caminho um anteparo. O eco, como é chamada esta reflexão das ondas sonoras, pode ocorrer uma só vez, como é o caso de um observador que emite um som na frente de uma parede. Se o som for emitido entre duas montanhas, por exemplo, ele pode ser refletido várias vezes, quando teremos então um eco múltiplo. É importante observar que a ocorrência do eco depende da distância entre a fonte sonora e o anteparo.

Hoje em dia já são conhecidas diversas aplicações para o eco, tais como o sonar que é usado pelos navios para detectar a presença de submarinos, para localizar cardumes, etc. Os morcegos utilizam o eco para se locomover e capturar suas presas.

Da mesma forma que o som pode ser refletido dando origem ao eco, exite a possibilidade de que o som seja absorvido por uma determinada superfície. Em teatros e cinemas o som pode ser refletido várias vezes nas paredes, nas cadeiras, no teto, no chão, etc. Neste caso, o eco pode atrapalhar, não permitindo que os sons sejam ouvidos com clareza. Para diminuir este problema, podem ser usados bons absorventes como tapetes, estofamento nas cadeiras, revestimentos porosos nas paredes e no teto, etc.


Altura e timbre


Quando se fala em altura do som, pode haver confusão com o que anteriormente chamamos intensidade. A altura é a propriedade que permite diferenciar um som grave de um som agudo. O som emitido por um bumbo é grave, enquanto que o som de uma flauta é agudo.

É possível que uma mesma fonte emita sons mais graves e mais agudos. No caso da flauta, por exemplo, pode ser emitido um dó "bem fino" como pode ser emitido um dó "mais grosso". Isto acontece com muitos instrumentos musicais.

Pode ocorrer também que duas fontes sonoras diferentes produzam sons da mesma intensidade e mesma altura. A propriedade que vai nos permitir diferenciar os sons neste caso é o timbre. Assim, se um piano e uma clarineta emitem a mesma nota, com a mesma altura e intensidade, não nos será difícil perceber a diferença dos sons produzidos pelo piano e pela clarineta, diferença que está justamente no timbre.

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