Material Escolar: O que a escola pode pedir?
No início do ano, uma das grandes despesas para os pais é com o material escolar. Mas afinal, o que a escola pode pedir na lista de materiais?
O mês de janeiro, é tipicamente um mês de muitas contas à pagar. Junto as despesas familiares, soma-se ainda a lista de material escolar pedida pelas escolas. Tanto escolas particulares, como públicas, tendem a abusar em alguns itens pedidos e que não são obrigação dos pais. Alguns itens da lista do material escolar, a escola não não pode pedir.
Dessa forma, alguns pais acabam pagando por materiais supérfluos ou que, não serão usados por seu filho.
MATERIAIS ESCOLARES QUE NÃO PODEM SER EXIGIDOS PELAS ESCOLAS
Uma lista de material escolar deve conter somente os materiais para uso próprio do aluno. |
Materiais de uso comum
Algumas escolas colocam na lista de material escolar, materiais de uso comum. Estes materiais não podem ser exigidos dos pais, a não ser que seja acordado previamente em reunião e a maioria dos pais concordem. Ou, a escola seja filantrópica, que não cobre mensalidades e não tenha auxílio governamental. Ainda assim, tem de ser de comum consenso e não obrigatório.
Alguns exemplos de material escolar que a escola não pode pedir:
- Folhas de sulfite para impressão de provas ou outro uso;
- Giz ;
- Caneta para quadro branco;
- Sacos de lixo, vassoura, papel higiênico, sabonete líquido, papel toalha, álcool ou outro material de limpeza para uso geral;
- Cartucho para impressora;
- Toucas descartáveis, máscaras descartáveis e luvas descartáveis para uso no laboratório.
- Livros de uso compartilhado, por exemplo, para abastecimento da biblioteca;
Materiais irrelevantes ou exigências para aquisição
É de praxe de algumas instituições, pedirem para os pais comprarem materiais que não serão de uso contínuo ou, que podem ser emprestados ou adquiridos de outra forma mais conveniente e econômica. Muitas escolas fazem parcerias com editoras e outras empresas fornecedoras, buscando um lucro com a venda destes materiais.
O mesmo ocorre com alguns estabelecimentos, que fazem "parcerias" com as instituições para venda de material didático.
Alguns exemplos de materiais escolares irrelevantes e exigências, que a escola não pode pedir ou exigir:
- Livros paradidáticos, exceto quanto justificado claramente a importância do mesmo para estudo. Se é um livro que será usado em um bimestre, não existe necessidade de aquisição.
- Definir materiais escolares por marca. Exemplo: Lápis da marca X, Corretivo da marca Y. Ou exigir que os mesmos sejam novos.
- Livros para leitura, exemplo: os livros que serão trabalhados nas aulas de literatura ou em preparação ao vestibular. Estes, podem ser muito facilmente emprestados em bibliotecas públicas ou adquiridos usados nos chamados "sebos". Não precisa ser uma edição atual.
- Exigir que o material escolar sejam comprado na escola ou em estabelecimento específico.
COMO ECONOMIZAR NA COMPRA DO MATERIAL ESCOLAR
A feira do livro realizada na escola, pode proporcionar uma economia saudável. Os pais podem trocar ou vender os livros conforme acharem melhor. |
Tanto a escola, como os pais, devem buscar alternativas saudáveis para gerar uma economia na hora da compra do material didático. Algumas iniciativas podem gerar uma economia de até 60%.
Algumas sugestões:
- Reaproveite os materiais do ano anterior. Lápis, borracha, canetas e até cadernos são possíveis de serem reaproveitados. Isto era comum no passado. Hoje, com o apelo ecológico isto deixou de ser um "gesto de pobreza" para uma atitude de consciência.
- As escolas podem promover nas suas dependências a feira do livro didático, onde é feito a troca ou venda dos livros usados.
- Os livros que são de exercícios não têm reaproveitamento. Mas, podem ser recolhidos e vendidos para a reciclagem. O dinheiro pode ser usado para benefício da própria escola.
- Pesquise sempre os menores preços.
- Tente juntar outros pais para comprarem o material escolar juntos. Comprando em quantidade o preço tende a ser menor.
- Consulte a escola sobre quais materiais serão usados no segundo semestre. Estes poderão ser adquiridos em outro período, quando a procura diminui e os preços caem.
- As escolas podem procurar empresas próximas que ofereçam cupons de desconto. Estes podem ser oferecidos aos pais como sugestão (não imposição) de um local próximo para comprar materiais.
- Também as escolas, podem fazer campanhas para arrecadação de livros paradidáticos ou de literatura. Os próprios pais podem (e devem) ser convidados a se envolverem nesta campanha.
Elaboração: Equipe Mais Educação
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