A Inconfidência Mineira: Causas e Desfecho.

A Inconfidência Mineira

Uma das causas mais importantes do movimento de Vila Rica, chamado Inconfidência Mineira, foi a Independência dos Estados Unidos. Essa Independência nasceu da revolta das treze colônias que os ingleses fundaram na América do Norte.


Jornada dos Mártires(1928) - pintura de Antônio Parreiras, retratar os inconfidentes presos sendo levados para julgamento no Rio de Janeiro.


Também muitos brasileiros, que estudavam na Europa, pensaram em fazer a independência do Brasil. Um deles, José Joaquim de Maia, teve na França, uma entrevista com Jefferson, ministro dos Estados Unidos da América. Nessa ocasião, o estudante explicou-lhe o plano para libertar o Brasil e pediu o apoio da grande nação americana. Mas Jefferson nada quis prometer, declarando que não tinha ordem de seu governo para tratar de tão importante assunto.
José Joaquim de Maia morreu na Europa, mas outros estudantes brasileiros, quando regressaram ao Brasil, encontraram em Minas o movimento com o mesmo plano de libertar a colônia do domínio de Portugal.

Era, nessa ocasião, muito difícil a situação econômica da capitania de Minas, com a produção do ouro cada vez mais reduzida. O povo zombava e chamava Vila Rica de Vila Pobre.

O Estopim

O governador de Minas, Visconde de Barbacena, resolveu lançar a derrama, nome que se dava à cobrança dos impostos atrasados. Por isso, os conspiradores combinaram que a revolução deveria irromper no dia em que fossem cobrados estes impostos. Desse modo,  o descontentamento do povo, provocado pela derrama, tornaria vitorioso o movimento.

Em sua reuniões os conspiradores estabeleceram que seria proclamada a República. Também ficou decidida a adoção de uma bandeira com as palavras Libertas quae sera tamen, verso de um poeta latino chamado Virgílio, e que cuja tradução é Liberdade ainda que tardia.

Foram principais figuras da Inconfidência Mineira o alferes Joaquim José da Silva Xavier, apelidado o Tiradentes, o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrada, encarregado de comandar as tropas revoltadas, José Álvares Maciel, que fabricaria a pólvora, vários padres e os poetas Cláudio Manuel da Costa, Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga.


Prisão de Tiradentes


Fim da Conspiração: A traição

Em março de 1789 o coronel Joaquim Silvério dos Reis, que se fingia amigo dos conspiradores, traiu os companheiros, denunciando o movimento ao Visconde de Barbacena. O governador, para evitar o descontentamento popular, suspendeu a derrama e comunicou imediatamente a denúncia ao vice-rei, Luís de Vasconcelos.

Tiradentes achava-se nessa ocasião no Rio de Janeiro e várias vezes encontrou-se com Joaquim Silvério dos Reis, a quem contava tudo que acontecia sem desconfiar da traição. Afinal, percebendo que estava sendo vigiado, procurou esconder-se numa casa da Rua dos Latoeiros, atualmente Gonçalves Dias, sendo ali descoberto e preso.
Os outros conspiradores foram presos em Vila Rica e um deles, Cláudio Manuel da Costa, apareceu enforcado debaixo da escada da prisão, acreditando-se que se tenha suicidado.

O processo durou três anos, sendo afinal lida a sentença que condenava à morte doze dos principais conjurados; no dia seguinte uma nova sentença modificava a anterior, mantendo a pena de morte somente para Tiradentes.

O grande brasileiro foi enforcado e esquartejado no Rio de Janeiro, a 21 de abril de 1792. Os outros conspiradores foram enviados para a África, onde sofreram o exílio, uns por toda vida (exílio perpétuo) e outros menos culpados, apenas por alguns anos.


Tiradentes Esquartejado

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