Novo ministro da educação no Brasil
O nome de Ricardo Vélez Rodríguez foi confirmado pelo presidente eleito Bolsonaro na noite do dia 22
Um dos anúncios para os ministros mais esperados pela população, o nome do novo ministro da educação para 2019, foi anunciado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, na noite desta quinta, 22 de novembro. Trata-se do colombiano (naturalizado brasileiro), doutor em filosofia Ricardo Vélez Rodríguez.
Sua escolha ocorreu após várias especulações, e possíveis recusas de nomes já escolhidos, pelo então presidente, como do educador Mozart Neves pela bancada evangélica¹. Segundo fontes, as especulações e vazamentos por parte da imprensa atrapalharam o processo.
Havia uma forte pressão também, pela indicação do procurador Guilherme Schelb, que não tem ligação com a área.
Ricardo Vélez Rodriguez (fonte: divulgação) |
Perfil do novo ministro da educação
De perfil conservador, o novo ministro Rodríguez defende o projeto Escola sem Partido como “providência fundamental”. Ele foi apresentado por Bolsonaro como professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Em seu blog, porém, o futuro ministro diz que militou em “organizações consideradas terroristas pelo regime militar”² .
Sua indicação partiu do jornalista Olavo de Carvalho.
Desafios para o novo ministro da educação
Alinhado com este pensamento conservador, o novo ministro da educação, terá muitos desafios pela frente. Vale lembrar, que inúmeros discursos de uma "revolução educacional" já foram feitos em anos anteriores, por outros ministros e até presidentes. Na prática, nada mudou.
Rodríguez ainda é uma incógnita. Sem histórico de gestões de grande porte, fica difícil opinar como será o andar do seu ministério. Porém, para a agenda educacional proposta pelo presidente eleito Bolsonaro, ele é a melhor opção.
Em nota divulgada, Rodríguez critica a “instrumentalização ideológica da educação em aras de um socialismo vácuo” ao longo dos governos petistas. Demonstrando seu posicionamento favorável ao projeto escola sem partido e contra o ensino da ideologia de gênero nas escolas.
Ele defende ainda a descentralização do poder do MEC, dando mais flexibilidade para Estados e municípios na elaboração de metas e flexibilidade da educação.
Rodríguez, ainda é crítico assumido do atual modelo do ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - o qual classifica em seu blog como um "instrumento de ideologização para auferir a capacidade dos jovens no sistema de ensino”. O Inep só prevê mudanças no exame em 2021, quando na aplicação das novas diretrizes do ensino médio.
Ainda existem outras questões a serem tratadas como a cobrança de mensalidade em Universidades públicas, voucher educação (ideia defendida pelo candidato João Amoedo), implantação de colégios militares (alto custo), ensino a distância e aprovação de novos livros didáticos.
Não é possível agora, definir quando e como acontecerão estas mudanças, muito menos se o novo ministro da educação conseguirá executá-las. O fato é que, historicamente a educação, saúde e segurança são as áreas com maior evidência em novos governos e são sempre alvo de discursos, promessas e projetos, que muitas vezes nunca se concretizaram.
Caso tenha interesse, acesse o Blog do novo ministro da educação aqui: https://pensadordelamancha.blogspot.com/
¹ El País: Bancada evangélica testa poder de veto na montagem do Governo Bolsonaro - Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/22/politica/1542918336_841889.html - acesso em 23 nov 2018
² Jornal o Globo: O essencial da manhã: Bolsonaro acolhe indicado por Olavo de Carvalho para o Ministério da Educação - Disponível em https://oglobo.globo.com/brasil/o-essencial-da-manha-bolsonaro-acolhe-indicado-por-olavo-de-carvalho-para-ministerio-da-educacao-23253852 - acesso em 23 nov 2018
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